Linha de crédito de benefícios depende da folha de pagamento do INSS
Atualmente, o Brazil Aid repassa o valor mínimo de R$ 400 por família todos os meses. O aumento temporário do programa deve durar até dezembro de 2022. Até então, o auxílio pagava o valor médio de R$ 224.
No caso do BPC, o valor é de um salário mínimo, R$ 1.212, destinado ao público de idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência que vivem em condições de baixa renda.
O lançamento do empréstimo consignado utilizando os programas será semelhante ao que já é oferecido aos aposentados e pensionistas do INSS.
Basicamente, os segurados podem solicitar um empréstimo com taxas de juros mais baixas, já que o valor de cada parcela será descontado diretamente da folha de pagamento do benefício, reduzindo assim o risco de inadimplência.
Críticas à medida
Segundo o ministro da Cidadania, João Roma, a medida serve como instrumento criado para democratizar o acesso ao crédito para as quase 23 milhões de famílias beneficiadas pelos dois programas sociais.
Pelo contrário, órgãos de defesa do consumidor e especialistas em finanças acreditam que a iniciativa pode atrapalhar a situação financeira dos cidadãos mais vulneráveis, causando um aumento no número de dívidas.
Na resposta, Roma argumenta que muitas das famílias de baixa renda já estão endividadas e, neste caso, a autorização da folha de pagamento de empréstimo Brasil Aid ou BCP, seria uma ferramenta benéfica capaz de ajudar essas pessoas a se reorganizarem financeiramente, sem ter que pagar taxas de juros exorbitantes.
"Quando jogamos a remessa, o risco bancário cai. E aí o cidadão pode pegar dinheiro mais barato, pois estamos dando a garantia que vai descontar na folha", justificou o ministro.
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