17.8 C
São Paulo
sábado, julho 27, 2024

O empréstimo do Bolsa Família vai voltar? Saiba se o governo pretende trazer de volta o consignado.

Leia Mais

O deputado com as novas regras do Bolsa Família foi aprovado no fim de maio pelo Congresso Nacional, um dia antes do vencimento. O documento enviado pelo executivo estabelece um valor mínimo de R$ 600 de direito, além da criação de mais R$ 50 e R$ 150.

Ao realizar a análise do Senado Federal, os parlamentares acrescentaram ao texto o pagamento de mais R$ 50 às nutrizes no Bolsa Família, grupo que não estava contemplado no texto original.

Além dos avanços no Bolsa Família, a medida provisória também definiu a devolução do empréstimo para idosos e pessoas com deficiência que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Com a notícia da volta do empréstimo salarial, os beneficiários estão curiosos para saber se o governo pretende liberar o empréstimo do Bolsa Família novamente. Confira as últimas notícias sobre o tema.

Novo Bolsa Família aprovado

O Senado e a Câmara dos Deputados aprovaram as mudanças no Bolsa Família e também acrescentaram algumas modificações relacionadas aos benefícios adicionais e ao reajuste no valor do Bolsa Família. Veja os principais pontos da medida provisória:

  • Beneficiários do BPC podem comprometer até 35% com o contrato de empréstimo consignado;
  • O benefício familiar variável de R$ 50 é pago às nutrizes;
  • O valor mínimo do Bolsa Família (atualmente R$ 600) e a linha de pobreza devem ser reajustados a cada dois anos;
  • Estabelecer um canal de comunicação entre a gestão do programa e as famílias beneficiárias

Como as medidas temporárias têm força de lei, as mudanças propostas pelo governo federal já existem desde março de 2023. O presidente Lula aprovou o texto da medida provisória, que virou Lei 14.601, em 20 de junho.

Assim, as famílias continuaram recebendo o Bolsa Família por pelo menos R$ 600 e, em março, o Ministério da Segurança Democrática passou a pagar o benefício infantil de R$ 150 para crianças de 0 a 6 anos. Já o pagamento adicional para gestantes e jovens de 7 a 18 anos começou a ser pago no valor de R$ 50 em junho.

Empréstimo do Bolsa Família voltando?

Após o governo mudar as regras para concessão de empréstimos salariais, reduzindo de 40% para 5% o percentual de benefícios mensais que poderiam ser usados para emprego, a Caixa Econômica Federal suspendeu definitivamente a oferta de empréstimo consignado do Bolsa Família.

Quando o empréstimo do BPC foi mencionado no texto do relatório, a comissão entendeu que não seria “correto permitir que as famílias tivessem acesso à folha de pagamento, dado o potencial de endividamento”. Assim, não há novas negociações para devolver o empréstimo do Bolsa Família.

Lançado em agosto de 2022, o crédito consignado ainda está no governo Bolsonaro e sob o nome de Auxílio Brasil, e o crédito salarial rapidamente se popularizou entre as famílias de baixa renda beneficiadas pelo programa.

Pela legislação original, cada beneficiário pode comprometer até R$ 160 mensais do Bolsa Família (40% do prêmio de R$ 400) para pagar o empréstimo consignado. Com isso, o valor restante para as famílias após o desconto caiu para R$ 240 por mês.

O principal ponto que levou à extinção do empréstimo do Bolsa Família foi o endividamento dos beneficiários, já que as deduções podem durar até 24 meses, tornando-se um “problema sério” na avaliação do ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias.

“Durante a campanha eleitoral, o presidente Lula mostrou muita sensibilidade com os devedores. Lá, trabalhou no programa Desenrola Brasil. É uma proposta que agora é resultado de finalização por um grupo de trabalho, que inclui várias áreas do governo, que visa atender cerca de 80 milhões de pessoas endividadas, em caso de inadimplência.”

Na contramão desse problema, o governo decidiu limitar o número de parcelas a 6 parcelas consecutivas – antes eram 24 – e cortar a taxa de juros de 3,5% para 2,5% ao mês. O governo federal também anunciou o programa Desenrola Brasil, com foco na renegociação da dívida de famílias de baixa renda, incluindo beneficiários do Bolsa Família.