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sábado, julho 27, 2024

Bolsonaro diz que reforma tributária pode elevar o valor do IPVA

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A proposta de reforma tributária do governo, que é amplamente discutida no Congresso Nacional, tem provocado divergências, especialmente entre governadores e prefeitos, que discordam de alguns pontos do texto em implementação.

Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, disse que continuará trabalhando até que a votação do texto na Câmara dos Deputados seja concluída até sexta-feira (7).

Lira ressaltou que o Brasil precisa de uma nova legislação tributária, ressaltando que sem ela o país não pode progredir. Ele ressaltou a importância do diálogo e da consideração das propostas feitas por governadores, prefeitos e pela comunidade.

Para o presidente da Câmara dos Deputados, a proposta não deve virar uma “batalha política” e só será votada quando houver consenso. As declarações dele foram publicadas em uma rede social.

Além da reforma tributária, Lira disse que outros projetos, como o marco fiscal e o projeto que beneficia o governo nos julgamentos do Carv, só serão votados quando houver acordo para aprová-los. Ele ressaltou que essas matérias serão votadas onde houver consenso e maioria para aprovar os textos, conforme acordado no Complexo de Lideranças da Câmara dos Deputados.

Bolsonaro diz que reforma tributária vai aumentar IPVA

Em publicação publicada hoje em sua conta no Twitter, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou sobre a reforma tributária, chamando-a de “reforma da sedição”.

Além disso, acrescentou que a proposta de emenda constitucional (PEC) para a reforma tributária também introduzirá o “IPVA ambiental”, um acréscimo gradual ao IPVA já existente pago por todos os proprietários de veículos, com base nas emissões de carbono de cada modelo. Ou seja, carros que poluem mais (mais velhos) pagarão um imposto maior.

Bolsonaro ressaltou que, se a reforma for aprovada, o “IPVA ambiental” valerá também para navios e aeronaves. Ele criticou o atual governo, observando que não há limites para estabelecer ou aumentar impostos, como se a teoria da “curva de Laffer” fosse algo obsoleto e encontrado apenas em livros antigos de economia.

O ex-presidente concluiu sua mensagem dizendo que, diante de tanta loucura, a PEC merece apenas um destino: ser apresentada na Câmara dos Deputados. Veja a postagem feita pelo ex-presidente:

Quais as principais mudanças na reforma tributária?

  • A reforma tributária introduz uma série de mudanças importantes, que incluem a substituição de cinco tributos (ICMS, ISS, IPI, PIS e COFINS) pelo novo Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (IBS), com a arrecadação dividida entre estados e municípios, além da criação da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), de competência da Federação.
  • Outra mudança relevante é a introdução do Imposto sobre Consumo (IS), destinado a desestimular o consumo de produtos nocivos ao meio ambiente, além de bebidas alcoólicas e cigarros.
  • Uma das mudanças mais importantes é a adoção de um sistema tributário não cumulativo, permitindo que as empresas paguem impostos pagos nas etapas anteriores de produção de bens ou serviços.
  • No que diz respeito ao comércio exterior, as exportações serão isentas de impostos, enquanto as importações estarão sujeitas a eles.
  • Os impostos só serão recolhidos sobre o consumo ou a destinação final de bens e serviços, ao contrário do sistema atual que já aplica impostos na fase de produção.

Em relação à carga tributária, as propostas de emendas à Constituição (PECs) propõem a manutenção da carga atual, em alíquota única para todos os setores. No entanto, algumas regiões podem receber tratamento diferenciado temporário.

As famílias de baixa renda poderão recuperar o imposto pago por meio de mecanismos de cashback. Além disso, estados e municípios terão a possibilidade de alterar seus prêmios do IBS e a nova administração tributária fará parceria com a Federação. O livre comércio de Manaus e a área de comércio simples nacional serão preservados.