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sexta-feira, dezembro 6, 2024

Vai pular o Carnaval?: Conheça as 3 doenças transmissíveis pelo beijo e como evitar

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O Carnaval está chegando, e durante esse período, muitas pessoas curtem quarteirões de rua, festas e gostam muito de beijar na boca. No entanto, o que muitos esquecem é que é preciso cautela e uma série de cuidados para evitar o aparecimento de problemas que possam atrapalhar a agitação.

Gabriel Bonifácio Borgato, professor de odontologia do Centro Universitário Nossa Senhora dos Cuidados (Cenusp), alerta que neste momento de diferentes contatos bucais vale a pena dobrar a atenção quanto ao aparecimento de feridas na região dos lábios e dentro da boca.

Isso porque, segundo o especialista, o beijo pode ser uma via de transmissão de muitas doenças infecciosas, principalmente se uma pessoa estiver infectada nessa área.

Borgato ressalta que vírus, bactérias e fungos podem ser transmitidos durante o beijo, sendo os mais comuns os seguintes:

Mononucleose (doença do beijo)

Este vírus é transmitido através da saliva e pode causar mal-estar, febre alta, dor de cabeça, garganta e placas brancas na garganta.

Os sintomas da mononucleose podem aparecer dentro de 45 dias após o primeiro contato com o patógeno. Não há tratamento específico para esta condição, e é baseado no controle dos sintomas. Isso significa que, para se recuperar do problema, a pessoa afetada deve descansar e beber muitos líquidos.

Herpes labial

Quando falamos de doenças infecciosas pelo beijo, não podemos deixar de mencionar o herpes labial.

Provoca pequenas bolhas nos lábios que podem gerar feridas, que cicatrizam após alguns dias, e seus sintomas começam a aparecer 4 a 6 dias após o contato com o vírus. Para aqueles que nunca estiveram em contato com o vírus, podem ocorrer alterações sistêmicas, por exemplo, febre, dor de cabeça, mal-estar, feridas na cavidade oral.

Sífilis

Apesar de ser conhecida por ser uma infecção sexualmente transmissível, a sífilis, causada pela bactéria Treponema pallidum, também pode ser transmitida pelo beijo, nos casos em que há pequenas feridas na boca. O tratamento envolve o uso de antibióticos.

Esta doença pode ser dividida em quatro estágios: primário, secundário, latente e terciário. Na fase inicial, os principais sintomas são: feridas nos genitais, nós e inguas na região da virilha.Com a progressão da doença para o estágio secundário, o paciente pode aparecer manchas vermelhas na pele, palmas das mãos, solas dos pés, membranas mucosas da boca, febre, mal-estar, dor de cabeça, perda de apetite.

Uma vez que os sintomas da fase secundária terminam, o indivíduo começa a se encontrar na fase latente, onde os testes ainda são positivos para sífilis, mas não há sintomas. Sua duração é variável.

O terceiro estágio é considerado o mais grave, uma vez que as bactérias aqui já afetaram o sistema nervoso central e o sistema cardiovascular, o que pode causar alterações nos ossos, pele, nervosismo e até a morte.

Cuidado

O calor excessivo e o movimento em blocos e festas são fatores que contribuem para que o corpo perca muita água. Por esse motivo, para aproveitar a estação de agitação sem colocar em risco a saúde, é importante se hidratar constantemente e no consumo de bebidas alcoólicas, que também promovem a desidratação.

“Ao perder água, nossa salivação é reduzida, o que contribui para doenças, cárie dentária e inflamação nas gengivas. Além disso, devemos estar atentos à exposição solar e sempre usar protetor solar, já que a área dos lábios é mais propensa ao câncer de pele”, explica Gabriel.

Se você está planejando viajar em um carnaval, não deixe de levar itens de higiene bucal, como escovas de dentes, creme e fio dental, pois são indispensáveis para a saúde bucal. O dentista ressalta que a escovação dos dentes deve ser feita sempre após as refeições e, se isso não for possível, pelo menos quando você acordar e antes de dormir.

“Devemos então lembrar de manter a hidratação constante com água, evitando o consumo excessivo de álcool e bebidas como refrigerantes, que além do excesso de açúcar também são ácidos, facilitando o aparecimento de cárie. Quanto às doenças infecciosas pelo beijo, a conscientização é a melhor prevenção”, conclui o professor.

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