O ajuste não será único em todo o território nacional, ou seja, o percentual de aumento pode variar de acordo com a região, marca, canal de vendas e embalagens. Além disso, o aumento também ocorre devido à alta do dólar, bem como ao aumento dos insos utilizados na fabricação do produto.
Até o momento, a Ambev não informou o percentual exato do ajuste. Também não foi informado se o reajuste será aplicado apenas em bares e restaurantes, ou se a venda (consumo em casa) também será aumentada.
Segundo cálculo realizado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o aumento das bebidas no estado de São Paulo será de 10%. No cálculo, considerou-se o aumento acumulado em anos anteriores.
Ainda segundo a Abrasel, outros estados devem variar entre 6% e 8% de aumento, considerando também a inflação dos últimos anos (12 anos).
Para Paulo Solmucci, presidente executivo da associação, esse será mais um sofrimento enfrentado pelos empresários do setor, uma vez que já sofreram com o aumento da energia elétrica, aluguel, alimentação e até combustível, por causa da entrega. Com isso, para eles, não é viável não repassar ao consumidor.
Solmucci também diz que o anúncio de aumento da Ambev influenciará outras empresas a aumentar também o valor de suas bebidas. Ele diz que a multinacional é referência no mercado e que a outra seguirá a política de preços adotada pela empresa.
A Associação Nacional de Restaurantes (ANR) realizou uma pesquisa recentemente e constatou-se que 62% dos restaurantes, bares, cafés, lanchonetes e outros setores que vendem as cervejas ainda não se recuperaram da crise que se espalha no país.
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