O programa de transferência de renda é o principal apoio de milhares de cidadãos brasileiros em situação de vulnerabilidade social.
No entanto, o novo Bolsa Família tem dado o que falar, pois mesmo após a entrega do texto para votação semanas atrás, a equipe econômica ainda não encontrou uma solução para promover uma fonte de financiamento capaz de pagar todas as propostas apresentadas.
Impasse orçamentário do novo Bolsa Família
Atualmente, o Brazil Aid está relacionado a dois impasses a serem realizados. A primeira consiste na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos precatórios.
Trata-se do parcelamento de dívidas decorrentes de ações judiciais contra a União. Se aprovada, a dívida pode ser dividida dentro de dez anos.
O pagamento da primeira parcela deve corresponder a 15% do valor total, e o restante será pago proporcionalmente em nove parcelas anuais.
Devido ao prazo estendido que o governo teria de quitar a dívida de R$ 90 bilhões prevista para 2022, seria possível desenvolver uma espécie de lacuna no Orçamento da União e redirecionar essa economia para investir no novo Bolsa Família.
No entanto, especialistas não veem a PEC dos precatórios como algo benéfico, pois por se trata de uma dívida anual, entende-se que, o parcelamento e consequente extensão da dívida, a situação se transformaria em uma bola de neve.
Assim, enquanto um problema temporário seria resolvido, por outro lado, a situação financeira do Brasil pioraria ainda mais no longo prazo.
Valor do Bolsa Família
A reviravolta está focada na proposta de elevar o valor mensal da bolsa que hoje é de R$ 189. Durante meses, Bolsonaro prometeu um aumento de até 50% no valor original, mencionando parcelas de R$ 300 e R$ 400, que não foram bem aceitas pela equipe do Ministério da Economia.
Mas nos últimos dias, o secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Bruno Funchal, disse que o novo programa de transferência de renda fará o pagamento de R$ 300 a partir do mês de novembro.
Esse valor representa um crescimento de R$111 em relação ao valor médio atual.
Como será a inscrição no novo Bolsa Família?
O Governo Federal declarou que manterá o formato de cadastros no Bolsa Família. Isso significa que a porta de entrada para a transferência de renda será o Cadastro Único (CadÚnico).
- Seguem-se os critérios a serem colocados no CadÚnico:
- Famílias com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa;
- Famílias com renda mensal total de até três salários mínimos;
- Podem ser cadastradas famílias com renda acima desses valores, desde que sejam um público-alvo de programas, benefícios e serviços específicos;
- Pessoas que vivem sozinhas, também conhecidas como famílias de pessoas solteiras;
- Pessoas sem-teto, sozinhas ou com suas famílias.
No entanto, é necessário estar atento a todos os detalhes, pois o simples cadastro no CadÚnico não dá o direito automático ao Bolsa Família.
Confira os requisitos para ter direito ao Bolsa Família:
- Inclusão da família, pela prefeitura, no CadÚnico do Governo Federal;
- Seleção pelo Ministério da Cidadania;
- Em caso de existência de gestantes, atendimento a consultas de pré-natal, de acordo com o cronograma recomendado pelo Ministério da Saúde (MS);
- Participação em atividades educativas oferecidas pelo MS sobre aleitamento materno e alimentação saudável, no caso de inclusão de mães lactantes (mães amamentando);
- Mantenha até o dia a carteira de vacinação de crianças de 0 a 7 anos;
- Acompanhamento da saúde das mulheres de 14 a 44 anos;
- Ter uma frequência mínima de 85% na escola, para crianças e adolescentes de 6 a 15 anos, e 75% para adolescentes de 16 a 17 anos.
A inclusão no programa de transferência de renda depende de fatores como o número de vagas disponíveis para cada município e o cumprimento dos critérios apresentados. Se todos concordarem, o candidato será selecionado para o programa.
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