O ministro da Cidadania, João Roma, concorda que o valor pago no novo auxílio emergencial não é suficiente para sustentar uma família.
Segundo João Roma, o governo pretende incluir mais beneficiários no programa de auxílio-transferência de renda, o Bolsa Família. Além disso, também estuda a possibilidade de aumentar o valor repassado às famílias.
Atualmente, o programa conta com 14 milhões de famílias. Cada um recebe, em média, R$ 192. O valor é variável, pois o programa é composto por diversos benefícios, dependendo da composição familiar.
Esse valor não é ajustado há muitos anos. Portanto, o que as famílias recebem não é suficiente para fornecer alimentos adequados. Por isso, segundo o ministro, o governo pretende aumentar o valor repassado aos beneficiários após o término do auxílio emergencial, previsto para agosto.
Valor do auxílio emergencial não é o ideal
O ministro da Cidadania disse que o valor anunciado do auxílio emergencial também não é suficiente. Em média, o programa pagará R$ 250 às famílias contempladas, sem a possibilidade de acumulação de pagamentos.
João disse que esse valor não é capaz de ajudar as famílias a ficarem em casa em caso de aumento de casos de Covid-19 e a necessidade de adotar medidas mais restritivas. No entanto, esse era o valor possível, dada a responsabilidade fiscal.
Atualmente, uma cesta básica, com os itens básicos para alimentação e higienização de uma família composta por até quatro pessoas é, em média, R$ 900. As famílias que receberem parcelas de R$ 250 só poderão comprar 28% da cesta.
É importante lembrar que o valor do novo auxílio emergencial será variável. Dessa forma, quem mora sozinho e cumpre os demais requisitos receberá R$ 150. Os chefes das mães das famílias de pais solteiros receberão o maior valor, R$ 375.
O governo pretende pagar quatro parcelas a partir de abril.
Na Medida Provisória enviada ao Congresso Nacional, o governo propõe contemplar 46 milhões de pessoas, incluindo os 14 milhões do Bolsa Família. Portanto, os critérios de seleção tiveram que ser alterados.
Em 2020, o programa incluiu os trabalhadores desempregados, informais e autônomos, Microempreendedores Individuais e beneficiários do Bolsa. Para este ano, os selecionados terão que atender aos seguintes requisitos:
- Ser um trabalhador informal; Ou
- Beneficiário do Bolsa Família;
- Ter renda familiar mensal de até três salários mínimos (R$ 3.300);
- Ter renda familiar per capita mensal de até metade do salário mínimo (R$ 550);
Recebeu auxílio emergencial no ano passado (não serão permitidos novos registros).
Mesmo diante de tudo isso, o ministro diz que esse valor será crucial para as famílias que estão passando por necessidades, diante da pandemia.
Expansão do Bolsa Família
Após o término do auxílio emergencial, marcado para agosto, a intenção do Ministério da Cidadania é ampliar e reestruturar o Bolsa Família. Dessa forma, o programa mudará a partir de agosto se o auxílio não for prorrogado.
A ideia é que o valor repassado seja aumentado e que o programa seja mais efetivo.
O ministro deixou claro que a pasta não pretende romper o teto de gastos estabelecido para o programa. O orçamento do Bolsa Família é de R$ 35 bilhões para o ano de 2021. Com a economia dos quatro meses de auxílio será possível melhorar a Bolsa nos últimos cinco meses do ano.
Diante de tudo isso, é evidente que o governo não pretende acabar com programas sociais para criar o Renda Brasil, como discutido no ano passado. Pelo contrário, a ideia agora, como afirma o presidente Bolsonaro, é fortalecer e ampliar o Bolsa Família.
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