Depois de muita resistência, o governo federal finalmente admitiu que está estudando a volta do Auxílio Emergencial.
Em entrevista na primeira semana de fevereiro, o presidente Jair Bolsonaro confirmou a retomada do Auxílio. "Eu acho que vai ter, vai ter uma prorrogação", disse ele. Segundo Bolsonaro, o cenário ideal seria a economia voltar ao normal já que uma nova prorrogação, se não for feita com responsabilidade, acaba gerando "desconfiança do mercado, aumenta o valor do dólar, que vai impactar no preço do combustível. Fica uma bola de neve", disse.
Bolsonaro falou também sobre a intenção de reduzir o número de beneficiários para os novos pagamentos.
Novo Auxílio Emergencial deve ser para metade dos aprovados
Ainda na semana passada, o ministro Paulo Guedes informou que o Auxílio Emergencial pode voltar, mas que algumas mudanças serão necessárias. Primeiro, um filtro deverá ser realizado pelo governo para concessão do benefício futuramente. Na sua visão, os novos pagamentos devem atender à parcela mais vulnerável que não está cadastrada no Bolsa Família. Com o novo filtro, pouco mais de 30 milhões de desempregados e trabalhadores informais seriam beneficiados.
Outras mudanças também estão sendo estudadas para reformular a imagem do programa. Iniciando pelo nome que deve passar de 'Auxílio Emergencial' para 'Bônus de Inclusão Produtiva' (BIP). Dessa forma, o programa deixa de ser um mecanismo de transferência de renda e se transforma em uma assistência temporária para que os brasileiros em situação de vulnerabilidade possam ingressar novamente no mercado de trabalho. Para receber o novo auxílio emergencial BIP o cidadão terá que participar de um curso de qualificação profissional e ser associado à Carteira Verde e Amarela.
Nessa nova fase, o governo deve apresentar também um novo valor para o Auxílio Emergencial, que deve cair dos R$ 300 pagos em dezembro para R$ 200 pelo período de três meses.
Público do Bolsa Família terá direito ao novo Auxílio?
Se as informações se confirmarem, o novo Auxílio Emergencial deixará de ser pago aos beneficiários do Bolsa Família. Um dos motivos é o fato de o Ministério da Cidadania estar trabalhando alguns meses na reformulação do programa social. A expectativa é que o Bolsa Família 2021 passe a atender um número maior de famílias e receba um aumento no valor do tíquete médio, que atualmente gira em torno de R$ 190,57 mensais. O novo Bolsa deve ser anunciado pelo ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, nos próximos dias já que o parlamentar irá deixar a pasta para assumir a Secretária-Geral da Presidência. Segundo ele, o projeto já estaria pronto e aguardando a autorização de Bolsonaro para ser divulgado.
O que se sabe até agora é que o novo valor do Bolsa Família deve subir para pouco mais de R$ 200 mensais, informação que ainda não foi confirmada pelo governo. "É Bolsa Família. São pessoas necessitadas que precisam desse recurso que, em média está, 190 reais. Tenho falado para a equipe emergencial, vamos tentar aumentar um pouquinho isso daí", afirmou Bolsonaro.
Postar um comentário